A medida da desigualdade na repartição do rendimento pode ilustrar-se graficamente pelas curvas de Lorenz:
Fonte: Relatório do Departamento de Prospectiva e Planeamento
Ordenando os agregados familiares, dos mais pobres para os mais ricos, se a 10% da população correspondesse 10% da receita, se a 20% da população correspondesse 20% da receita, etc., então o rendimento estaria equitativamente distribuído, isto é, a distribuição de frequências relativas acumuladas seguiria a linha dos 45 graus. Evidentemente que nas economias reais aos 10% da população mais pobre caberá muito menos que 10% da receita… obtendo-se assim a designada curva de Lorenz. Portanto, quanto mais afastada da linha dos 45 graus estiver a distribuição do rendimento, maior será a desigualdade, ou menor será a equidade.
Esta desigualdade pode medir-se através do coeficiente de Gini, que é a razão entre a duas áreas. A/B, em que:
A – é a área entre a curva de Lorenz e a recta dos 45 graus
B – é a área do triângulo em que a recta dos 45 graus é a hipotenusa
0, seria o valor do coeficiente de Gini no caso de uma distribuição do rendimento equitativa.
Quanto mais os valores do coeficiente de Gini de afastam de 0, maior será a desigualdade.
Eis um mapa mundo onde se representa o coeficiente de Gini:
Fonte: Distribution of wealth / NationMaster
1. Que distribuição de frequências é utilizada na construção das curvas de Lorenz?
2. Comente a evolução na repartição do rendimento em Portugal, de 1990 para 1995.
Nota: O Índice de Gini foi 0,2223 e 0,2481 em 1990 e em 1995, respectivamente, segundo a fonte referida no gráfico acima.
3. Comente a posição de Portugal no contexto da UE e do Mundo.
Informação adicional:
Índice de Gini calculado pela ONU